Imagem retirada do site juscoach.com
Hoje, num grupo de grandes amigos, no WhatsApp, fui agraciado com uma pergunta semelhante a que intitula essa postagem. Um grande amigo me fez a seguinte pergunta: “Tiago, no curso de direito, os estudantes aprendem a mentir e criar provas?” Sei porque não me surpreendi tanto com o questionamento. Pois essa parece ser a imagem que boa parte da sociedade tem cristalizada em mente sobre a advocacia. Seria essa imagem uma representação perfeita da realidade? A meu ver, não. Mas sabemos da existência da liberdade de expressão e foi pautado nesse direito que respondi ao seu questionamento.
Infelizmente, disse a ele, em todos os segmentos do mercado de trabalho existem profissionais bons e ruins. Não no aspecto de qualidade em si, mas nas ações que praticam. A Universidade ou Faculdade não ensina ninguém a mentir ou forjar provas. Os profissionais que exercem uma conduta reprovável do ponto de vista ético e moral, nem merecem ser chamados de profissionais. Acredito que a origem da falta de ética nas condutas humanas, não se dá numa cadeira de Universidade. Valores éticos e morais devem ser aprendidos em casa, com uma boa educação e exemplos positivos em família. Aqueles que praticam ações carentes desses valores já trazem essa deficiência consigo, na formação de sua personalidade.
Expliquei também que o que existe são lacunas nas leis e os advogados exploram essas falhas para a consecução de seus resultados. Mas, de forma alguma, a culpa dessas lacunas é do judiciário ou dos advogados. Mais uma vez é importante lembrar que o judiciário não legisla. Quem cria leis é o poder Legislativo. Vale à pena lembrar que os legisladores são os vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores. Esses são escolhidos, muitas vezes, de qualquer jeito pelos eleitores, uma vez que muitos deles consideram esses votos os de menor importância. Logo, o resultado diversas vezes é a confecção de leis cheias de falhas e, sim, os advogados utilizando-se da Hermenêutica, exploram as falhas em benefício de seus clientes. Mas daí a mentir ou forjar provas, é um desvio de caráter grave e, até mesmo, uma conduta criminosa.
Tiago Vieira
Muito obrigado pelo comentário meu grande irmão Santiago. Sempre que puder, dê uma passadinha aqui que terá novidades.
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Caro Tiago!
Muito bom o seu esclarecimento e ponto de vista. Realmente, nosso caráter e atitudes dependem de nossa base ededucacional.
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Sim, já sim. Mas acredito que, assim como ensinou Nietzsche “Não há fatos, há interpretações”. Boa páscoa pra todos nós!
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Não tem nada a ver, mas tem um pouquinho. Você já assistiu ao filme ‘O advogado do diabo’? Boa Páscoa, Tiago Vieira.
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